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Os deputados estaduais paraibanos retornaram ontem de um recesso de 57 dias. O tempo de descanso das sessões da 'Casa', contudo, parece não ter sido o bastante. Já na primeira sessão eles aprovaram ontem uma medida para reduzir o número de sessões na Assembleia Legislativa.
Geralmente são duas reuniões ordinárias por semana. A partir de agora, até o fim da campanha eleitoral deste ano, serão apenas duas sessões a cada 15 dias.
Com isso os parlamentares terão semanas de folga total, com tempo livre para se dedicarem às suas campanhas, de seus parentes, ou de afilhados políticos nos municípios.
Um absurdo!
É que o trabalho dos parlamentares não se restringe à presença em Plenário, mas reduzir um quantitativo que já é pequeno (duas sessões por semana), sob o argumento de que precisam estar presentes em campanhas eleitorais é um verdadeiro escárnio com o dinheiro público.
Afinal, já investimos quase R$ 5 bilhões em recursos públicos nas campanhas. Com medidas como essa, amos a pagar também nossos deputados para que eles participem, mais ativamente, das disputas.
O presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), defendeu a redução. Ele lembrou que a Câmara Federal já adotou a mesma iniciativa. A esposa dele é candidata à reeleição na cidade de Pocinhos.
“Entendemos que a função do deputado não está restrita ao plenário. É essencial que ele esteja em contato permanente com o povo, ouvindo críticas e sugestões”, afirmou.
Pelo menos 5 deputados deverão disputar prefeituras este ano: Luciano Cartaxo (PT), em João Pessoa; Wallber Virgolino (PL), em Cabedelo; Eduardo Brito (SD), em Mamanguape; Chico Mendes (PSB), em Cajazeiras; e Inácio Falcão (PCdoB), em Campina Grande.
Outros 10 terão parentes na disputa.
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